THE WALKING DEAD (09x10)
“OMEGA” - CRÍTICA
“Alfa, Beta, Ômega… e
um dicionário inteiro de possibilidades”
Esta semana, The Walking Dead voltou a mostrar uma trama bem
montada e coesa com o que vinha sendo mostrado nos episódios anteriores.
“Omega” é tão bom quanto “Adaptation” e finalmente apresentou a temida(ou
destemida) líder dos Sussurradores, a Alfa!
"Uma nova pessoa em Hilltop revela detalhes sobre a líder de um grupo de selvagens mascarados. Um grupo de busca parte em uma missão ousada para encontrar dois amigos desaparecidos."
“Omega” é um episódio de suma importância para
compreendermos melhor as ações de três personagens que serão extremamente
importantes nesta temporada: Alfa, Lydia e Henry.
A primeira, a líder dos Sussurradores foi apresentada pelos
olhos de sua filha Lydia, como uma mulher decidida, racional e com instinto
para liderar um grupo, e não só um grupo, como o maior grupo já visto na série
até o momento. Alfa(Samantha Morton) é calculista e sempre sabe qual será o
próximo passo a ser dado; não é a toa que ela comanda os Sussurradores com um
pulso tão firme e com total controle de suas estratégias, que aparentemente são
extremamente eficazes.
Já sua filha Lydia(Cassady McClincy), apesar de todo o mal
que já passou nas mãos de sua mãe, e do próprio apocalipse zumbi, ainda
consegue ser extremamente doce, seja dormindo de mãos dadas com Henry, ou
oferecendo minhocas ao garoto. Mesmo com toda a má influência da mãe, Lydia
ainda guarda dentro dela uma alma muito boa, e que parece se apegar muito a
pessoas como Henry, e até o próprio Daryl; pois sabemos que “o melhor juiz de
valor de Hilltop” tem um coração mole por debaixo daquela carcaça de durão.
Outro personagem que evoluiu em “Omega” foi Henry(Matthew
Lintz). O menino, que provavelmente ainda fará muita besteira na série por um
rabo-de-saia, está ficando mais maduro e mesmo com tropeços, está criando laços
com as pessoas e encontrando seu lugar no pós-mundo.
As cenas dele com Lydia são muito bonitas e não se enrolam,
tudo parece bem natural e claro, sempre contando com a supervisão do novo
xerifão Daryl Dixon, cumprindo a promessa feita a Carol de cuidar de Henry.
Lembrando que o Henry está fazendo nesta temporada o papel
de Carl nos quadrinhos. De ser o porto seguro de Lydia, além de causar o
estopim da Guerra dos Sussurradores.
Carl(Chandler Riggs) já se despediu da série mas é difícil
não imaginar como seria o menino interagindo com Cassady, já que Chandler
apresenta mais talento do que ..mostrou nesses primeiros episódios. Não estamos
crucificando Matthew, apenas enfatizando o quanto o garoto precisa evoluir na
série. A Guerra dos Sussurradores é um evento histórico nos quadrinhos de The
Walking Dead, e sua adaptação para as telas passará muito pelo talento de
Matthew.
Algo que a “Era dos Sussurradores” trouxe com enorme êxito
foi o fato dos zumbis voltarem a ser uma forma de medo. Antes não tínhamos mais
medo daqueles mortos-vivos que eram mais uma paisagem que uma ameaça; hoje
ficamos apreensivos a cada novo walker
que aparece vagando pelas florestas, nos deixando em dúvida sobre sua condição
de ser realmente um zumbi ou um Sussurrador. A tensão criada na trama fica
muito boa e se for trabalhada com muito carinho iremos ter várias lutas e cenas
de tirar o fôlego, como a cena final de Jesus na série, onde a ameaça veio da
onde menos esperávamos.
A direção de David Boyd, com o roteiro de Channing Powell se
alinharam de forma correta, e suas propostas foram claras e objetivas. Outros
personagens secundários mostraram um bom amadurecimento a trama também, como o
grupo de Magma(MINHA PERFEIÇÃO!) e Yumiko.
A cena final com o tão esperado encontro de Alfa e os
mocinhos, para os termos da rendição de ambos foi muito bacana e fiel as HQ’s,
mas com Daryl no lugar de Rick Grimes. Alden e Luke por Lydia parece ser algo
justo e um acordo que irá ser estabelecido rapidamente; porém se tem uma coisa
que The Walking Dead é (e nós amamos), é ser imprevisível, e muita coisa irá
sair deste encontro de titãs sobreviventes. Isso sem contar o braço direito de
Alfa, o vilão Beta(Ryan Hurst), que em breve deve dar as caras para os
moradores de Hilltop e Alexandria. Em uma temporada que estava fadada a ser sua
última, The Walking Dead renasce como um zumbi, e mostra que sempre existe
espaço para mais uma boa e deliciosa trama apocalíptica.
Alfa, versão mãe de família
Momentos de construção de personagens, que irão ser cada vez
mais importantes para a estrada que segue, além de um ritmo agradável e que
compensou a falta de “épico” em certos momentos. “Omega” é um episódio que
trouxe o melhor desta nova fase de The Walking Dead: roteiro coeso e amarrado
com boas atuações, culminando em um terreno que assim como Hilltop, tem tudo
para dar ótimos frutos nas próximas semanas.
Posso usar as suas resenhas de TWD? Coloco o nome da sua página e link
ResponderExcluirPode sim amigo, obrigado pelo apoio!
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