THE WALKING DEAD (09x15)
“THE CALM BEFORE” –
CRÍTICA
“Inesquecível”
No maior sentido da palavra, inesquecível! The Walking Dead nos
proporcionou mais um episódio histórico nessa temporada. Como senão bastasse a
despedida de Rick Grimes e a chacina dramática de Michonne, neste domingo
tivemos um brilhante momento da história de The Walking Dead nas telas, o tão
aguardado “Dia das Estacas”.
Alpha e seu grupo de Sussurradores protagonizaram um momento
icônico e extremamente dramático ao decapitarem a cabeça de vários membros do
grupo dos mocinhos, entre eles, personagens muito queridos pelo público há várias temporadas.
Não! The calm before
não é o melhor episódio da história de The Walking Dead, mas mantém o ótimo
ritmo dessa nona temporada, e traz cenas memoráveis e que sem dúvida farão uma
lágrima(ou várias) cair dos olhos de muitos fãs pelo mundo.
“A feira no reino está
em andamento, com todas as comunidades unidas pela primeira vez em anos,
enquanto alguns pactos são renovados, outros acordos são feitos a um preço
muito elevado”
O episódio começa com a tão esperada “Feira de Trocas”
finalmente acontecendo. Um forte laço entre as comunidades é fortalecido,
fazendo com que todas caminhem em uma mesma direção como há muito não víamos.
Alexandria, Hilltop, Oceanside, Reino e até mesmo os
Salteadores mostram que estão unidos e prontos, para juntos, enfrentarem
qualquer pedra na estrada. Michonne até mesmo decide aceitar Lydia em
Alexandria, um passo e tanto na direção do otimismo novamente.
Tudo maravilhoso, porém sabemos que em The Walking Dead a
paz nunca dura mais que dois comerciais, e é notório que o terreno está sendo
preparado para algo grande.
Ao decorrer do episódio, vemos uma série de cortes,
referenciando várias situações que nos atiçam a pensar quem serão as próximas
vítimas dos Sussurradores, mais precisamente, quem irá ter sua cabeça colocada
em uma estaca a céu aberto. E a tensão aumenta mais quando percebemos que Alfa
está entre os demais membros das comunidades, disfarçada com uma bela peruca
humana. É claro que sobrará para alguém, e a cada “volto logo” e “vou ali rapidinho”, ficamos mais receosos sobre se
realmente aquele personagem vai voltar rapidinho.
Praticamente toda a ação se passa em apenas um núcleo, mas
com pequenas extensões e transições, como por exemplo, o grupo formado por
Daryl, Michonne, Carol e Yumiko, que se desventura pelas matas em busca dos rastros
de Sussurradores que estavam perto da Feira para dar uma conferida nos preços
das laranjas (brincadeira, era para matar mesmo).
Enquanto isso, na Feira um grupo de sortudos é apresentado
ao cinema, e a cada vez mais fofa Judith é uma das mais empolgadas. É
maravilhoso o quanto a arte pode ser benéfica para os povos, independente da
situação na qual vive ou esteja passando.
Rei Ezekiel pode ter um discurso inocente, e até utópico,
porém não duvide de seu poder d e liderança e de sobrevivência, uma prova
disso, é tudo o que o Reino passou desde quando foi introduzido na série mas
ainda segue de pé, e com seu líder original proporcionando cada vez mais saber
ao seus amados súditos e amigos.
MAS... E AS ESTACAS?
Ao desenrolar da sessão de cinema, Alfa finalmente chega
diante de sua filha Lydia e tenta convencê-la a retornar para os Sussurradores,
mas não obtém êxito. Lydia(mais linda a cada dia) mostra a mãe que não irá mais
aceitar seus abusos, e irá sim permanecer ao lado de quem lhe faz bem, de quem
a aprecia e a defende. Alfa deixa o Reino contrariada, e nunca é bom contraria
a Alfa, ainda mais porque ela já tinha uma carta na manga, ou melhor, várias
cartas.
Quando o grupo de Daryl é encurralado pelo bando de Beta,
temos uma ótima fotografia de cena, com os Sussurradores parecendo cair das
árvores de tão rápida e concentrada que se dá sua investida. É digna de
aplausos a visão estrategista dos Sussurradores, sendo muito mais que um
amontoado de selvagens, e transformando algo banal e aparentemente inútil como
os mortos-vivos em uma arma de grande potencial.
Após isso, uma cena retirada dos quadrinhos de The Walking
Dead de forma perfeita. Substituindo Rick(que ainda é o protagonista nas
histórias em quadrinhos), Daryl é o homem escolhido a presenciar uma palinha do
poderio bélico dos Sussurradores: um
aglomerado de milhares de zumbis prontos para serem usados como arma!!!
Até nosso arqueiro sangue-frio deu uma tremida na base
depois dessa; porém o pior ainda estava por vir!
Daryl recebe o ultimato de que Hilltop e os demais grupos não
poderão mais ultrapassar as áreas delimitadas pelos Sussurradores, e a linha de
fronteira entre as duas terras já havia sido construída mais adiante.
Mesmo sem entender, Daryl, Michonne, Carol e Yumiko seguem
em frente até o retorno a suas comunidades, porém ao chegar no fim da mata
encontram um Siddiq extremamente maltratado pelos Sussurradores, e que ainda
cambaleando os acompanha até a fronteira que Alfa havia dito. E é neste momento
que o grupo percebe o que Alfa os alertou. A chamada “fronteira” era uma série
de estacas dispostas lado a lado, e no topo de cada uma, havia a cabeça de
vários integrantes das comunidades.
Um momento que nos leva à beira do choro, que faz os
telespectadores se quebrarem ao meio e perderem a fala. Com uma ótima direção
de Laura Belsey acompanhada de uma ótima trilha sonora que se encaixa perfeitamente ao momento,
nos sentimos tão desamparados e desesperados como os personagens que ali estão
vendo as cabeças de seus amigos perfuradas em estacas bem diante de seus olhos.
Uma a uma, somos apresentados a todas as vítimas: desde
membros dos Salteadores, de Alexandria, alguns "pé no saco" de Hilltop e até mesmo a simpática Tammy, que havia
acabado de dar o nome de Adam, ao bebê que estava sob seus cuidados. Logo após
ela, vemos a crânio de Enid, que acabara de se declarar a Alden; o crânio de
Tara(a morte que mais me doeu, confesso!), a descolada líder de Hilltop que só
queria ter a confiança de sua comunidade; e por último a cabeça de Henry. O
menino que fez tantas burradas em busca de sua querida Lydia mas, que estava
demonstrando uma evolução promissora na série.
E para piorar, vemos o drama de Carol, perdendo um filho
pela segunda vez. Amparada por Daryl, assim como na morte de Sophie na segunda
temporada; vendo todo o esforço que fez depois de todos esses anos, desmoronar.
Ela que passou muito tempo buscando a paz ao lado de seu filho e marido, hoje
perde muito do que conquistou, e resta saber qual caminho nossa bad-ass irá
seguir agora.
Seria maravilhoso ver Negan ou Daryl matando Alfa, até mesmo
a Lydia fazendo ajudando nisso; porém ver a líder dos Sussurradores ser morta
por Carol seria épico, e após este episódio, mais do que merecido.
Será que ela irá voltar com sangue nos olhos já no próximo episódio? E Lydia, como irá reagir quando reencontrar sua mãe? Será que Carol culpará Lydia pela morte de Henry? Muitas perguntas e uma semana interminável para chegarmos até as respostas.
Será que ela irá voltar com sangue nos olhos já no próximo episódio? E Lydia, como irá reagir quando reencontrar sua mãe? Será que Carol culpará Lydia pela morte de Henry? Muitas perguntas e uma semana interminável para chegarmos até as respostas.
The calm before
encerra com um bonito discurso de Siddiq, relembrando os últimos momentos de
bravura dos guerreiros recém caídos. E The Walking Dead termina este penúltimo
episódio de modo original, ao preferia não deixar as mortes mais chocantes para
o último episódio da temporada. Pelo contrário, mostra tudo no penúltimo, e
deixa-nos curiosos para saber o que nos aguarda para o último episódio da
temporada.
Bom, isso só saberemos domingo que vem, e até lá nos resta
rever e “rederramar” todas as lágrimas que ficaram pelo caminho ao acompanhar
este capítulo memorável desta série histórica.
“The Walking Dead mais
uma vez nos derruba, nos emociona e nos faz querer ver mais e mais. Isso é
entretenimento! Isso é talento! Isso é The Walking Dead”
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