A ESTRADA ATÉ
AQUI...
E O COMEÇO DO FIM
Na última semana foi ao ar nos Estados Unidos, o último
episódio da décima quarta temporada de Supernatural; e em um ano marcado pelo
anúncio do fim da série, que ocorrerá após o fim da décima quinta temporada, o
público esperava um season finale de
respeito e que abrisse ainda mais o apetite dos fãs para o último arco da
série; e no que diz respeito a possibilidades, o episódio intitulado “Moriah” não decepciona e traz um bom
fechamento para o ano catorze de Supernatural; e se não foi um episódio
brilhante, tampouco decepcionou, além de proporcionar momentos tanto divertidos
como tensos.
A volta de Chuck(Deus) à série veio em boa hora, e serviu
para mostrar(aparentemente) quem irá ser o antagonista final dos irmãos
Winchester. E dessa vez, se eles quiserem enfrentar esta “ameaça”, precisarão
de toda a ajuda possível; e nesse front
de aliados podemos incluir: Jack, The
Empty, e até a própria Morte em pessoa.
O último episódio começou com um clima bem descontraído, com
Sam e Dean precisando investigar um curioso surto onde, ao que parecia, todas
as pessoas do mundo resolveram falar somente a verdade, causando um caos inclusive na Casa Branca. Ótimos
momentos cômicos são vistos e principalmente Jensen Ackles(Dean) está muito
competente e engraçado.
Pouco a pouco, o clima vai ficando mais tenso e outras
complicações vão surgindo pelo caminho dos irmãos, até uma escolha de vida ou
morte ter que ser tomada, e esta parece levar ao começo do fim do mundo(MAIS
UMA VEZ!).
A décima quarta temporada de Supernatural pode ser descrita
como uma temporada mediana/boa, onde episódios muito importantes para a
mitologia da série se misturaram a tramas extremamente fracas e que somente
estiveram lá para preencher os vinte episódios da temporada.
A ameaça de Miguel(do mundo alternativo) segurou bem a trama
em boa parte da temporada, porém após descobrirmos seu destino final, ficamos
com a sensação de que poderia ter sido melhor; afinal, Miguel venceu Lúcifer
(duas vezes), e protagonizou uma ditadura
angelical em seu mundo, mostrando que sua força era descomunal, portanto
era de se esperar grandes feitos do antagonista; mas que acabou ficando no mais
do mesmo; arquitetando planos macabros e apocalípticos, mas dando trabalho aos
mocinhos somente até certo ponto.
Jack, filho de Lúcifer, foi bem desenvolvido e pode ser
considerado um dos pontos altos da temporada, sua necessidade de querer fazer o
melhor é visível, porém com o sangue do tio Lú correndo em suas veias, fica
difícil confiar em sua cara de bom menino. Destaque para a interpretação muito
correta de ..., que sustenta muito bem o personagem, além de ser carismático
até em episódios mais desnecessários, como o décimo sexto episódio desta
temporada por exemplo.
Outro que sempre rouba a cena é Mark Pellegrino, e nesta
temporada como o Nick, ele trouxe uma psicopatia aliada a rebeldia que mostra
perfeitamente o porquê dele ser o homem perfeito para o papel da casca de
Lúcifer.
Mesmo sem o Todo Poderoso do Inferno em seu corpo, Nick pode
ser tão sarcástico e cruel como seu “mentor”; e protagonizou momentos de
extrema violência em sua jornada para saber o que aconteceu a sua família, e
logo após, tentando trazer Lúcifer de volta para seu corpo, a fim de completar
a parte na qual lhe falta. Felizmente, nosso Jack estava lá impedí-lo.
Personagem muito criticada pelos hunters, Mary Winchester se despediu da série de uma forma
repentina e que não pareceu nada natural para a audiência. Apesar da mãe de Sam
e Dean não estar agradando ao público, seria mais fácil fazer sua despedida de
uma forma mais honrada, como um sacrifício ou em uma boa batalha; isso
reforçaria a empatia dos fãs com ela, fazendo assim, sua despedida ser mais
sentida.
Mas realmente o momento que mais emocionou aos hunters de plantão foi o retorno de John Winchester à série, nem que seja apenas por um episódio.
Foi Maravilhoso ver a família reunida como nunca antes havia feito, com Mary, John e os rapazes já adultos. Observamos a interação entre John e Sam, e o afeto de Mary reencontrando seu amado marido.
Jeffrey Dean Morgan é um dos melhores atores em atividade em Hollywood, e parece ter nascido para interpretar quase todos os seus personagens, e com John Winchester não é diferente.
Ele possui uma emoção no olhar que poucos conseguem transmitir, e faz muito bem o tipo de cara que pode ser ao mesmo tempo, o pai amoroso de uma família, e o maior terror das almas do inferno.
Já o trio principal formado por Sam, Dean e Castiel continua
firme como uma das melhores equipes da ficção, e entregam sempre uma ótima
química. Foram Jared(Sam), Jensen(Dean) e Misha(Castiel) em pessoa que
anunciaram o fim da série nas redes sociais, mostrando um respeito enorme com
todos os fãs do show e reforçando a interação com a série.
Sem muitos boatos, nem “vai
e voltas”, o anúncio do fim foi feito de modo honesto, direto, e muito
emocionante por parte dos atores. E nada mais justo, pois após tantos anos de
estrada, todos nós sabemos que são eles os principais responsáveis pelo sucesso
do show, mesmo após tanto tempo de sua estreia.
Falar da qualidade da interpretação do trio é chover no molhado; os três parecem ter
nascido para representar Sam, Dean e Castiel. Porém em alguns momentos desta
temporada, principalmente Dean, pareceu estar sempre a ponto de cometer atos
que não condizem com outros anos da saga. Muitas vezes ditando as regras, Dean
pareceu ouvir menos sua família e seu bom senso em algumas ocasiões, todavia no
final ele mostrou o bom coração que tem e voltou a ser aquele Dean que amamos,
o homem do “negócio da família”.
A décima terceira temporada de Supernatural não é tão boa
quanto as duas últimas haviam sido, porém traz vários acertos e possibilidades
para o último ano da série; como um
possível apocalipse zumbi, a ira de Deus sob a humanidade, ou até mesmo a
descoberta do derradeiro destino de Jack.
Personagens extremamente importantes como Rowena e Bobby(do
mundo alternativo) serão essenciais nas batalhas finais de Sam e Dean; e apesar
de teorias, ainda é totalmente incerto o destino final de nossos protagonistas.
Apenas algo é certeza, quando esse dia chegar, todos nós estaremos lá ao lado
deles, acelerando nosso Impala e com lágrimas nos olhos cantando: “Carry on my wayward soooonn...”
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