A ANÁLISE
DO SEGUNDO
EPISÓDIO
DE THE WALKING DEAD!
The Walking Dead retorna essa semana com um episódio
inteiramente focado na personagem Alpha. Passando por seu modus operandi de sobrevivência até sua relação ambígua com sua
filha Lydia, conseguimos construir uma certa empatia com a personagem. Além disso,
o diretor do episódio Greg Nicotero fez questão de encerrar a trama dando um
gostinho de um dos confrontos mais aguardados desta temporada.
“Um flashback revela as origens de Alpha e Beta. Alpha tenta endurecer
Lydia enquanto se preparam para andar com os mortos. Os Sussurradores criam
seus rebanhos”
Para começar, já saiba que We are the end of the world é um daqueles episódios focados em
apenas um núcleo(personagem); neste caso, o núcleo dos Sussurradores, e mais
precisamente, na trajetória de Alpha, desde seus dias de sobrevivência ao lado
de Lydia, até o atual momento, com ela liderando seu grande número de
comandados.
Há quem não goste de episódios focados em um único
personagem, por acha-los muito monótonos, porém sou um daqueles que defende
estes “mini estudos” de personagem, e
quando bem feitos, entregam momentos tão tensos como qualquer outro episódio.
Claro que existem exceções como aquelas catástrofes vistas
em vários momentos como em “Here’s not here”; mas também existem bons momentos,
como é o caso de “Live bait” na quarta temporada, e We are the end of the world nesta.
Com poucas cenas de ação, e mais preparando o território
para o que vem pela frente, este não será o episódio favorito dos walkers de plantão, mas tampouco irá
deixar alguém dormir.
A décima temporada começa tão bem quanto a nona, e conduz os
telespectadores para algo grandioso que vêm por aí.
Samantha Morton tem grande destaque neste episódio e mostra
que apesar de não ter o mesmo carisma de Jeffrey Dean Morgan ou David
Morrissey, é sim, uma boa vilã, e seus atos na última temporada são mais
aprofundados em We are the end of the
world.
Uma mulher, que mesmo
com ações extremamente questionáveis, lutou pela sobrevivência de sua
filha, e conseguiu a construção de um dos maiores grupos vistos na série, senão
o maior, os Sussurradores.
A pulso firme, Alpha sempre educou Lydia para virar-se sozinha,
mesmo com zumbis batendo a sua porta a cada dois minutos. Chega a ser cruel
quando vemos este episódio e nos colocamos no lugar de Lydia. Sem amigos,
outras crianças para brincar, e passando a infância e adolescência como uma
selvagem, nem mesmo aprendendo a ler ou escrever; tudo em nome de um estilo
sobrevivência que sua mãe julgava ser o melhor. Uma alienação completa que fez
a garota sofrer com delírios e traumas, que pudemos acompanhar na temporada
passada.
Fazer com que sua filha caminhasse coberta de sangue de
mortos, e sendo obrigada a reprimir seus medos e angústias por onde quer que
fosse não parece ser um método que Supernanny
aprovaria. Porém, fez com que Lydia sobrevivesse, e nesse quesito, o “método de
criação” de Alpha deu certo.
Também conhecemos um Beta mais jovem, mas com a mesma “delicadeza”
de sempre. E mesmo com nós sendo apresentados a um provável laço familiar mais
forte do brutamonte, fica nítido a necessidade que Beta tinha para ser
comandado, de ter alguém para lhe mostrar o caminho a seguir; e é nesse momento
que seu caminho cruza com o de Alpha.
Duas “novas” personagens também são mostradas neste capítulo.
Duas irmãs integrantes dos Sussurradores, e uma delas, mãe daquele bebê quase
sacrificado nos portões de Hilltop na temporada passada.
E se por um lado a frieza de Alpha e Beta no comando de sua
tribo inspira confiança e esperança em uma das irmãs, a outra engendra cada vez
mais ódio e arrependimento em ter se aliado ao lado escuro da força. Algo que
foi interessante em ver neste episódio, foi o questionamento, e não apenas de
um Sussurrador, como de outros, com o estilo de vida de Alexandria e Hilltop,
mostrando um possível racha no grupo dos “caras de pele” no decorrer da
temporada.
Porém com todos os percalços em seu caminho, Alpha sai
renovada e pronta para mais uma batalha, e esta será a maior que os
Sussurradores já enfrentaram. Com discurso e tudo, eles caminham a passos
largos para a fronteira das estacas, e com certeza no próximo episódio, o tão
aguardado reencontro com os “mocinhos” de Alexandria e Hilltop será regado de
muito sangue e fúria, em ambos os lados.
O episódio encerra justamente onde o open season terminou, com a encarada de Alpha e Carol; porém desta
vez, pelo ponto de vista de Alpha, e mesmo com nossa torcida para Carol continuando
firme, acompanhar todo a trajetória de Alpha até o atual momento faz com que
tenhamos um certo respeito pela líder dos Sussurradores, que mostra a cada
semana que não é uma mulher a ser subestimada. Com Negan, a indulgência de Rick
surtiu resultado, mas com Alpha, a nossa Irmandade de Sobreviventes não pode
contar com qualquer outra resposta, senão o sangue jorrando; e nisso, nossa
Carol é especialista!
Nenhum comentário:
Postar um comentário