NOSSO
RANKING
DEFINITIVO
DA FRANQUIA PÂNICO!
Em 1996(ano de nascimento deste que vos escreve) os filmes
de terror estavam mais rodados que roleta de cassino, e poucas eram as opções
de bom entretenimento para os fãs do gênero. Sequências e mais sequências de
grandes sucessos dos anos 80 eram produzidas, e a cada novo lançamento elas
conseguiam se superar negativamente.
E por falar em anos 80, coube a um diretor muito famoso
nesta década revitalizar o gênero do terror, ninguém menos que o gênio Wes
Craven.
O experiente diretor lapidou o ótimo roteiro de Kevin
Williamson(Eu sei o que vocês fizeram no verão passado e Diários de um
vampiro), e diluiu todo o universo criado pelo roteirista, em quatro obras de
arte que são reunidas na quadrilogia de Pânico.
Wes havia emplacado em 1984, o arrebatador A Hora do
Pesadelo, e se dar vida a um dos maiores ícones da cultura pop, Freddy Krueger,
não foi o suficiente para o público, ele mostrou que poderia fazer ainda mais.
E foi assim que em 21 de dezembro de 1996, os fãs do terror receberam a visita
do Papai Noel mais cedo, quando Pânico causou uma revolução com o slasher teen.
Slasher nada mais
é que um subgênero do terror, que apresenta assassinos distribuindo pauladas, facadas e tudo mais o que
tiver em seu arsenal. E somado a todo esse banho de sangue, Wes Craven misturou
o seu clássico humor negro, com doses ácidas de piadas e referências a até
mesmo outros filmes de terror, tudo saindo das bocas de uma das gerações teens mais marcantes do cinema.
Neve Campbell(Jovens Bruxas), David Arquette(Malditas
Aranhas), Courtney Cox(Friends) e Jamie Kennedy(O Filho do Máskara) deram vida
à Sidney, Dewey, Gale e Randy, respectivamente. Personagens que se tornaram
ícones da cultura pop, com frases inteligentes, marcantes e que por vezes
zombavam até mesmo das ações que os próprios personagens do filme
praticavam(como subir as escadas para fugir do assassino, ao invés de correr
para a rua).
O primeiro Pânico, Scream
no original, rendeu à produtora Miramax, mais de U$170 milhões de dólares, com
um investimento de “apenas” U$14 milhões de dólares. Isso sem contar os outros
filmes, que também se tornaram grandes sucessos de bilheteria, além de terem
rendido outras produções derivadas, como as três temporadas da série Scream, produzida pela MTV.
E para comemorar a notícia de que mais um filme da franquia
está para chegar aos cinemas nos próximos anos, resolvemos trazer um ranking
com todas as produções da franquia Pânico, da pior à melhor, incluindo a tão
polêmica série da MTV. Então pegue a pipoca e não atenda o telefone de modo
algum, para ficar de olho nesta super
lista dedicada ao nosso amigo Ghostface!
SCREAM (TERCEIRA
TEMPORADA - 2019)

Após polêmicas e mais polêmicas ao redor de seus lançamento
devido aos escândalos pessoais envolvendo o produtor executivo Harvey
Weinstein, a terceira temporada de Scream foi lançada em 2019, com um elenco
totalmente diferente das duas primeiras temporadas, uma cidade diferente, e até
uma produtora executiva diferente, nada menos que Queen Latifah!
Bom, e até a qualidade da série foi diferente, pois se antes
já não estava muito bom, neste terceiro ano do show, foi só ladeira abaixo.
O suficiente para a série ser cancelada de vez, e o estúdio
resolvem ir em busca de novos ares, e possivelmente uma volta aos cinemas, com
o elenco original. E por falar em elenco...
Nesta terceira temporada, pela primeira vez na mitologia de
Scream, temos um protagonista masculino. Aliás, um personagem tão raso que fica
difícil até mesmo de criticar negativamente. O trabalho de RJ Cyler como Deion
deixou a desejar; mas com um roteiro desse nível, não foi só ele o “privilegiado”.
Uma trama que parte de uma premissa interessante(uma trama
de assassinatos, somadas a questões de preconceito racial), mas que não é
explorada como poderia ser, puxando o próprio tapete.
Somente a divertida Kim de Keke Palmer e a gótica Beth de Giorgia Whigham
conseguem ter algum brilho, mas pouco para o que uma série merece, e muito
menos do que os fãs de Scream merecem.
SCREAM (SEGUNDA
TEMPORADA - 2016)

Em sua segunda temporada, Scream permanece com os
sobreviventes da temporada de estreia, e isso é bom, já que temos o retorno de Noah(John Karna), Audrey(Bex-Taylor Klaus) e
Brooke(Carlson Young); três dos pontos altos da série. Infelizmente também
temos o retorno de Willa Fitzgerald
interpretando a apática Emma, que aqui teve uma leve melhora na atuação, mas
ainda segue sendo tão carismática quanto uma porta.
Novos personagens são introduzidos neste ano de Scream,
porém você não vai se apegar a algum deles; o forte continua sendo a
metalinguagem utilizada por Noah(o Randy dessa geração), a misteriosa Audrey é
uma das fortes suspeitas da trama, como é deixado em aberto no último episódio
da primeira temporada; e Carlson Young mostra ainda mais evolução de sua
personagem Brooke.
Para finalizar, temos a descoberta da grande mente por trás
dos assassinatos das duas temporadas(que tenho orgulho de ter acertado logo na
primeira temporada), e o show ainda conta com um especial de Halloween, lançado
fora do enredo principal(mas que também tem influências da trama original).
Este episódio especial de cerca de 80 minutos tem a participação de Alexander Calvert, o Jack, da série Supernatural.
No geral, a segunda temporada não é tão boa quanto a
primeira, mas consegue evitar o último lugar graças a soma de erros da terceira
temporada.
SCREAM (PRIMEIRA
TEMPORADA - 2015)
A primeira temporada de Scream, é sem dúvidas, a mais
“Scream” entre todas as outras. Com personagens interessantes como o nerd Noah,
e a bicuriosa Audrey, o ano de estreia do show foi satisfatório, e mesmo sem
ter ligação direta com a série de filmes, produziu ótimas referências nas
interpretações de seus atores; como Noah funcionando como um novo Randy, Kieran
como um novo Billy Loomis e até mesmo uma jornalista em meio a todos aqueles
assassinatos, a linda Piper Shaw(Amelia Rose Blaire).
O destaque negativo vai para os furos de roteiro, como personagens
mortos em plenas delegacias da cidade, pais que parecem não existir nessa
comunidade, onde não os vemos interagindo com seus filhos, e a protagonista
Emma, interpretada por Willa Fitzgerald, que entrega um trabalho mais sem sal
que comida de hipertenso!
Ainda assim, a primeira temporada de Scream merece um
cantinho especial nos corações dos fãs de Pânico, muito pelo seu clima
nostálgico, e que serviu para matar um pouco da saudade de nosso amado
universo. Interessante notar também a participação de Wes Craven na produção
executiva do show.
PÂNICO 3 (2000)

Sei que muitos torcem o nariz para este projeto, mas mesmo
com o roteiro original de Kevin Williamson sendo deixado de lado pela produtora,
que preferiu os textos de Ehran Krueger(O Chamado); o longa ainda foi um
sucesso de bilheteria, ultrapassando a barreira dos U$100 milhões de
dólares(assim como todos os outros filmes da franquia), e fechou de forma
satisfatória história de Sidney Prescott(pelo menos naquele momento).
Wes conduziu uma direção que só permitiu ao telespectador
decifrar o assassino nos últimos instantes do filme, e saber, como o bom Randy
diz no início, que no capítulo final de uma trilogia, “o passado volta para te
assombrar”.
A típica metalinguagem de Pânico está mais presente do que
nunca, com um filme intitulado “Facada” sendo filmado ao mesmo tempo, que
diversos crimes voltam a acontecer aos nossos amados residentes de Woodsboro. E quando o dever chama, pode
contar com o nosso trio maravilha;
Sidney, Dewey e Gale, que eles resolvem!
PÂNICO 4 (2011)
E quando pensamos que Wes
Craven e Kevin Williamson não podem se superar, eles rasgam o roteiro de
nossas vidas!
As duas mentes arquitetaram um retorno triunfal, com os
personagens sobreviventes da trilogia original, somados as estreias de Emma Roberts(Scream Queens), Hayden Panettieri(Heroes)
e Rory Culkin(irmão de Macauly Culkin, além de ter atuado no clássico Sinais).
Juntos, essa mistura rendeu um ótimo entretenimento, e um
longa que agradou até a turma do “acho
que não devia mexer mais no material original”. Pânico 4 tem ótimas cenas
de ação, referências maravilhosas ao material original, e com direito até à FACADATONA!
Realmente Wes e Kevin entendem
a franquia como ninguém, e a paixão pela comunidade de Woodsboro sempre irá os acompanhar; não à toa que tivemos o retorno
de vários nomes do elenco original como a protagonista e sempre deslumbrante, Neve Campbell, como a final girl Sidney Prescott.
O longa seria o início para uma nova trilogia, que poderia
ter vindo caso o longa tivesse alcançado uma melhor arrecadação(que não foi ruim, mas abaixo do
considerado “ideal” para uma possível continuação); sem contar o
falecimento de Wes Craven, que nos deixou no ano de 2015, vítima de um tumor
cerebral.
PÂNICO 2 (1997)

Polêmica aqui!
O segundo filme da trilogia original é tão querido quanto o
primeiro projeto, e muito por causa de reunir grande parte do elenco original,
como os protagonistas Sidney(Neve), Dewey(Arquette) e Gale(Courtney).
Se passando apenas um ano após os eventos ocorridos no
primeiro filme, Pânico 2 repetiu o sucesso de seu antecessor nas bilheterias, e se tornando um sucesso de
crítica.
A trama possui o clássico suspense da franquia, e com sequências de tirar o fôlego, como o momento em que Sidney e sua melhor amiga ficam no mesmo carro que Ghostface, e o ato final em um teatro, onde Liev Schreiber(Ray Donovan) retorna de forma magistral como Cotton.
Neste volume tivemos a introdução de importantes personagens
como o Mickey, vivido por um Tim Olyphant(Era
uma vez em... Hollywood), ainda em começo de carreira. Outra curiosidade, foi
que durante as filmagens do projeto que David Arquette e Courtney Cox iniciaram
seu relacionamento amoroso; que durou até o ano de 2013.
PÂNICO (1996)

Com direito a Drew
Barrymore(As Panteras), Courtney Cox(Friends) Matthew Lillard(Scooby-Doo) em
seu elenco, Pânico foi lançado em dezembro de 1996, e continua sendo um dos
filmes de terror mais importantes de todos os tempos. Sempre figurando em
listas de especialistas quando o assunto é inteligência ao unir metalinguagem,
ótimo roteiro e reviravoltas muito bem executadas no último ato.
A cidade fictícia de Woodsboro
entrou para sempre no imaginários dos fãs de filmes de terror, ao ser o palco
para verdadeiras matanças causadas por diferentes assassinos durante toda a
história de Scream, e foi neste longa
que tudo começou a ganhar vida(ou morte, se preferir rs), com a apresentação de
diversos personagens, que ao mesmo tempo eram estereotipados, mas sem deixar de
carregar um traço de originalidade em suas interpretações.
O primeiro ato do filme é ótimo, o segundo desenvolve muito
bem sua protagonista, e o terceiro sela de forma inesquecível toda essa viagem
de 111 minutos. Pânico ajudou a difundir o gênero de slasher teen, abrindo porta para produções também até hoje, muito
cultuadas, como Eu sei o que vocês
fizeram no verão passado e Lenda Urbana.
Fora isso, o projeto arrecadou mais de U$800 milhões de dólares para a sua produtora, se formos somar os
quatro filmes da franquia; e ainda conseguiu que um gênero já defasado
retornasse aos holofotes com um roteiro inteligente e uma execução magistral de
uma lenda da direção. Esse é Scream, ou
Pânico; a vida de Sidney Prescott,
e de tantos personagens que ficarão para sempre na memória de todo ScreamManíaco!

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