Cassie Bowden é uma comissária de bordo que é um alcoólatra imprudente, inclusive bebendo durante os vôos, que passa seu tempo entre as viagens se relacionando com caras aleatórios, incluindo clientes que ela conhece durante os vôos. Ela acorda em um quarto de hotel em Bangkok com a ressaca da noite anterior, com o cadáver de um passageiro de seus último vôo ao lado dela. Com medo de chamar a polícia, ela continua sua manhã como se nada tivesse acontecido, juntando-se aos outros comissários e pilotos que viajam para seu destino final. Em Nova York, ela é recebida por agentes do FBI que a questionam sobre sua recente escala em Bangkok. Ainda incapaz de juntar as peças da noite passada, ela se pergunta se poderia ser a assassina.
Cassie é uma alcóolatra, uma aeromoça, uma tia divertida,
uma mulher traumatizada, sexy, indecisa, astuta... e tantos outros adjetivos
que fica difícil dizer qual dessas “Cassies”
é a que mais nos encanta.
Kaley sabe dosar suas falas aceleradas, com expressões ora
bem humoradas, ora dramáticas; como nos ótimos diálogos com Zosia Mamet,
intérprete de Annie, advogada e melhor amiga de Cassie.
Mas sem dúvidas, é com Michiel Huisman(A Maldição da Residência Hill) que as melhores cenas da loira são feitas. A química entre os dois funcionou muito bem, seja nas cenas mais românticas em Bangkok, ou nos constantes flashes que insistem em aparecer para Cassie nos momentos mais inoportunos. Por sinal, uma ótima mescla de montagem e que trouxe mais originalidade para o show. Palmas para o showrrunner Steve Yockey.
Outro fator muito bem explorado na série é a montagem de seus episódios, com “ganchos” que se encaixam muito bem nos oito episódios de cerca de 42 minutos cada. Perfeito para quem gosta de um bom suspense/drama/comédia para passar o tempo. Sim, a série abraça diversos gêneros e nos cativa em vários momentos protagonizados por Cassie.
Algo que tira um pouco do ritmo da trama, são alguns
momentos secundários, que ao tentar aprofundar certos personagens, acaba por
parecer algo inserido sem muito cuidado ou sem a devida atenção por parte da
produção. Em especial a trama envolvendo Megan(Rosie
Pérez, de Aves de Rapina), colega de trabalho de Cass. A mulher que
aparentemente possuía uma vida de “comercial
de margarina”, mas que esconde um segredo que pode colocar em risco todos a
sua volta.
Algo desnecessário em uma série que traz um enredo já muito
bem amarrado em torno de sua protagonista, e que não deveria perder tempo com
uma trama que não leva a mesma a lugar algum.
Parecendo ser mais uma espécie de drama colocado para
mostrar que “todos nós temos nossos erros
e segredos”; mas uma mensagem desnecessária, pois já foi entregue de forma
mais que satisfatória pela história principal.
Minutos preciosos que quebram o ritmo da trama em diversos
momentos, tirando agilidade dos episódios, ou quem sabe, roubando minutos onde
poderíamos explorar o complexo esquema de corrupção, que cercava a família
Sokolov, ou a organização criminosa chefiada pelo ardiloso Victor(Ritchie
Coster).
A misteriosa Miranda, interpretada por Michelle
Gomez(Gotham) é uma ótima adição a toda esse jogo de mistérios, que intensifica
conforme somos apresentados ao cotidiano de cada personagem da trama, e
percebemos que nada é o que parece, tornando a todos, suspeitos ou potenciais
vítimas.
O show foi baseado em um livro de mesmo nome, escrito por Chris Bohjalian, e já tem sua segunda temporada confirmada. Além de protagonizar, Kaley Cuoco é a produtora executiva da série, e adquiriu os direitos do projeto, após ler apenas as primeiras páginas do livro.
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