Já consagrado no gênero do horror, Scott Derrickson(de A Entidade e O Exorcismo de Emily Rose) traz seu mais novo projeto para saciar os insaciáveis fãs do terror!
“Finney Shaw, um tímido mas perspicaz rapaz de
13 anos, é raptado por um sádico assassino(interpretado por Ethan Hawke), que o
enclausura em um porão, onde gritar não vai resolver nada. Quando um telefone
desligado começa a tocar, Finney descobre que através do aparelho, consegue
ouvir vozes das vítimas anteriores do assassino. E elas estão decididas a
assegurar que o que lhes aconteceu, não aconteça a Finney”
Produzido pela Blumhouse, Telefone Preto é mais um exemplar
de trama que mesmo entretendo bem o público, fica aquém de dar um passo adiante
e colocar o pé na porta.
Não somos colocados muito diante do que aconteceu com as
vítimas anteriores do Grabber, e isso nos deixa com uma pulga atrás da orelha
sobre o que pode acontecer ao nosso “heróizinho”
Finn(Mason Thames). Mason não tem o mesmo carisma de Hawke, e algumas vezes não
passa a emoção que seria perfeita para o personagem. Takes mais longos e que se
aprofundassem no drama do menino em cativeiro cairiam como uma luva no enredo.
Informações adicionais vindas de cada “chamada” também ampliariam nossa
percepção sobre o Grabber, como seu modus operandi de agir com suas vítimas, e
não só de como as captura como é mencionado; uma clara referência ao famoso serial killer Ted Bundy.
Fora seu protagonista, um grave problema de Telefone Preto é o seu trailer; que revela não só alguns, mas muitos momentos de tensão da trama. Não tem um meio termo aqui, em revelar um “gostinho” ao público. É dedo na ferida direto e toda uma produção de quase duas horas, sendo resumida diante de nossos olhos em poucos minutos de teaser.
Em uma época de filmes de terror inovadores e que brincam de
transitar em diversos assuntos e gêneros, Telefone Preto perde tempo demais em
uma trama que necessitava de uma construção mais profunda de seus personagens.
Provavelmente o filme fará uma boa bilheteria, o que acenderá a luz verde da Blumhouse para confirmar uma sequencia(prequel,
no caso), e que AÍ SIM, pode trazer um desenvolvimento maior de sua ambientação
e contexto; algo que o próprio James Wan pôs em prática no seu Invocaverso, com Invocação do Mal 2 sendo uma sequencia muito melhor trabalhada e
que entregou mais do que seu antecessor.
Scott Derrickson é um dos grandes diretores de terror que
temos na atualidade e que sabe construir atmosferas densas e entregar boas
surpresas para o telespectador. Em Telefone Preto, mesmo sem entregar o seu
melhor, o cineasta prova que mesmo não sendo o melhor todos os dias, sempre
alcança uma qualidade acima da média!
P.S: Telefone Preto 2: A Primeira Chamada seria um bom título para uma
prequel, não é mesmo??
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